154 - O Forte de S. Bruno

O Forte de São Bruno de Caxias, assim designado desde a sua construção por se situar próximo do Convento de Laveiras dos frades cartuxos de São Bruno, localiza-se na confluência da ribeira de Barcarena com o rio Tejo, freguesia de Caxias, Concelho de Oeiras. Foi erguido após a Restauração da Independência, fazendo parte da 1º linha de fortificações marítimas erguidas à época entre o Cabo da Roca e a Torre de Belém, cooperando com o Forte de S. Julião da Barra, na defesa da cidade de Lisboa, assim como os fortes de Nossa Senhora do Vale, sito à sua esquerda, e o de Nossa Senhora de Porto Salvo, sito à sua direita.



De instalações reduzidas (3 salas e WC) e embora tenha em tempos servido de prisão não deve ser confundido com o Forte-Prisão de Caxias onde antes do 25 de Abril se encontravam os presos políticos.



No início do século XX, após obras de adaptação, foi finalmente cedido à Guarda Fiscal, que o ocupou até 1946, quando ali se instalou a Mocidade Portuguesa.
Data deste período a primeira intervenção de conservação e restauro promovida pela Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN, 1952-1958).
Curiosamente também o Forte de Nossa Senhora de Porto salvo esteve desde 1943 e até 1974 cedido à Legião Portiguesa para a instalação de um pavilhão de regatas de vela.



O Forte de S. Bruno activado e desactivado durante os sec. XVIII e XIX, encontra-se hoje na posse da Liga dos Amigos dos Castelos que ali tem a sua Sede de Honra, tendo comemorado 25 anos, no passado dia 29 de Julho com a inauguração de uma exposição para a qual fui convidada mas onde por razões de ordem familiar não me foi possível estar presente.









De acordo com a wikipedia ensiclopédia livre o Forte de S. Bruno tem as seguintes características:
Pequena fortificação marítima, abaluartada, com planta poligonal estrelada irregular (orgânica), em estilo barroco. Pelo lado de terra, abre-se o portão monumental, de arco pleno sobre pilastras, encimado por placa epigráfica de pedra datada de 1647, com as armas de Portugal. O núcleo central do forte apresenta planta quadrangular, com dependências e duas baterias para tiro rasante pelo lado do mar. Acima das dependências, em terraço lajeado, abre-se a bateria elevada.
Dois baluartes defendem o lado de terra e o portão, apresentando nos vértices guaritas quadrangulares encimadas por cúpulas piramidais.


















153 - Ainda a quinta Real de Caxias











À entrada a placa "Património do Estado" não deixa dúvidas para o que encontramos logo a seguir.








O Palácio com a tipica maneiro portuguesa de secar a roupa ao sol.






A degradação está bem patente nas imagens, e o chapeu de sol com as cadeirinhas de plástico não ajudam nada




Termino como iniciei: Património do Estado ou seja de todos nós, sob administração dos senhores governantes e uma imagem que os visitantes guardarão para sempre.

152 - A Quinta Real de Caxias e o Jardim da Cascata

Quem passe pelo largo frente à estação dos combóios de Caxias, não pode deixar de notar as colunas de pedra dos portões que dão acesso à Quinta Real. Curiosa como sou tratei logo de saber se era possivel vizitá-la ao que me informaram estar aberto ao público apenas o Jardim, já que o palacete está ocupado pelo Estado Maior do Exército.
Mesmo assim achei valer a pena ver o que ali havia e isto porque num olhar mais atento dei conta de uma estrutura escura, mas com algum impacto. Vai daí entrei e perguntei à primeira pessoa que vi se podia ver os jardins e tirar umas fotos. Obtida autorização aqui ficam os registos e o que consegui apurar.

No decurso do Séc. XVIII, foi mandado construir pelo Infante D. Francisco, filho do Rei D. Pedro II e de D. Maria Sofia Neuburg, irmão de D João V, um palácio de veraneio junto ao mar, na zona de Caxias.
As obras foram concluídas por D. Pedro, o futuro Rei 3º de seu nome, já que, D. Francisco, faleceu em 1742, antes da conclusão do palácio.
Como era moda na altura, foram concebidos jardins luxuriantes onde ainda se podem ver belos exemplares de palmeiras e araucárias. As ruas destes jardins, recreio das damas da corte, são bem demarcadas pelos arbustos dispostos em canteiros a lembrar os bonitos Jardins de Versalhes.
Neles se pode admirar, para além dos vários lagos uma monumental cascata, curiosamente encimada por uma garça real. (primeira foto)

Os lagos totalmente secos apresentam hoje horrorosas figuras de cartão, onde antes se encontravam estátuas em terracota, ao que consegui saber da escola de Machado de Castro, também a cascata se encontra infelizmente sem qualquer pinga de água.
Como se pode verificar pelas imagens também os telhados do Palácio estão muito degradados (clicar para abrir foto) assim como os azulejos da parede lateral do edifício adjacente ao Palácio.
Tal como disse no início actualmente aquelas instalações estão sob administração do Estado Maior do Exército pelo que somos privados de efectuar qualquer visita, ao Palácio que segundo consta terá uma magnifica biblioteca. No primeira visita não fotografei porque achei vergonhoso o estado lamentável que se nos apresenta o pátio de entrada com inestéticos chapéus de sol e cadeiras de plástico, mas pensando melhor voltei apenas para fotografar esse local como poderão verificar.





151 - Momentos

Violeta del Carmen Parra Sandoval, mais conhecida por Violeta Parra, (mãe de Ángel Cereceda Parra, também compositor e cantor, um dos detidos em 1973 no Estádio Nacional e no campo de concentração de Chacabuco, após o golpe militar de Pinochet) artista plástica, ceramista, cantora e compositora chilena a ela se ficaram a dever os versos que abaixo transcrevo. Uma cântico à vida e ao amor. Gracias Violeta.

Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me dió dos luceros que cuando los abro
Perfecto distingo lo negro del blanco
Y en alto cielo su fondo estrellado
Y en las multitudes el hombre que yo amo

Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado el oído, que en todo su ancho
Traba noche y dia grillos y canarios
Martirios, turbinas, ladridos, chubascos
Y la voz tan tierna de mi bien amado

Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado el sonido y el abecedario
Con él las palabras que pienso y declaro
Madre, amigo, hermano y luz alumbrando
La ruta del alma del que estoy amando

Gracias a la vida,que me ha dado tanto
Me ha dado la marcha de mis pies cansados
Con ellos anduve ciudades y charcos
Playas y desiertos, montañas y llanos
Y la casa tuya, tu calle y tu pátio

Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me dió el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros

Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Así yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto
Gracias a la vida

150 - Educação amputada!

A curiosidade natural, como é apanágio de todas as crianças, de 4 ou 5 anos, estava bem demonstrada nas várias perguntas que ia fazendo à mãe.
Como era o trabalho dela, onde estava o pai, o que era o Algarve das piscinas, ao que a mãe ia respondendo de forma correcta dando satisfação e espaço para mais perguntas.
Até que, após uma pausa, veio a constatação: mãe tu sabes tudo!
- Não filha, a mãe sabe um bocadinho, ninguém sabe tudo.
- Mãe a professora Rosa, também sabe tudo!
- Não filha, a professora não sabe tudo, sabe mais que os outros, por isso é professora, mas não sabe tudo. Quando fores crescida também vais saber mais do que agora, pois todos os dias se aprende.
E eu sentada no banco da frente do autocarro estava deliciada: sim senhora, ali esta uma mãe que sabia ensinar a filha, sabia prepará-la para a vida demonstrando-lhe uma verdade insofismável.
- Mãe olha, algumas pessoas ainda não tiraram as bandeiras das janelas!
- Claro que não filha, depois do Campeonato Europeu há os jogos Olímpicos, que vão começar agora. E há o hoquei e o ténis e mais modalidades, por isso as pessoas ainda não tiraram as bandeiras das janelas.
Fiquei siderada sem saber se devia intervir ou se pura e simplemente ignorar, sair do autocarro e esquecer o meu erro ao pensar que aquela mãe sabia de facto ... tudo.
Saí, porque percebi que a "sabedoria" da senhora, não chegava para perceber até que ponto estava a deturpar o ensino que até ali tinha sido tão bem encaminhado.
Depois queixamo-nos da iliteracia e do analfabetismo Nacional.

149 - Tarde na praia

Tarde na praia... e alí fiquei deliciada a ouvir o marulhar das ondas e de tal maneira absorta no encanto daquela musica que, quando dei por mim e olhei à volta eram 20,00h e estava quase sozinha na praia, o último casal resistente como eu estava a arrumar as toalhas para sair.
Fiz o mesmo, mas amanhã muito provavelmente lá estarei. Apesar de tudo vale a pena agarrar os bons momentos da vida.

148 - Finalmente as Férias

Dia bonito e de sol aqui pelos lados do meu palacete, mais ainda por ser um dia de liberdade, resolvo pelas 7,30 da manhã dar um salto até à praia.
Aqui perto pois só no ínicio de Agosto rumarei mais a sul. Perfeito os transportes cronometrados em ligação directa como nunca me tinha acontecido.
Chegando lá apresenta-se-me um belo de um nevoeiro que só pelas 10,00 h se foi embora.
Não importa, preciso de me sentir de bem com a natureza depois de 12 meses de corridas para o trabalho. Pelas 11,50h saí da praia que não quero ficar tipo lagosta. Quanto à agua não estava fria mas um pouco violenta para o meu gosto actual.
Hoje não vou fazer nada logo pelas 17,00h vou outra vez mais 2 horitas.
Viva a liberdade.

147 - Final trágico na Colômbia

Tal como publiquei no post 143, Guillermo Rivera Fúquene, foi visto vivo pela última vez em Abril, depois de levar uma filha à escola, altura em que segundo testemunhas e câmaras de vigilância, foi forçado e entrar num carro da Polícia por homens ao serviço do presidente Álvaro Uribe. Depois destes cerca de três meses de sequestro, apareceu agora, abandonado na rua. Assassinado! Sua mulher e filha tem também o apelido Betancur semelhante ao da outra Betecourt, cuja história teve afinal um final bem diferente.
Para já não falar na "sorte" de outros 19 sindicalistas assassinados por Uribe só no período de Janeiro a Março do corrente ano.

146 - Utilização indevida de símbolo Humanitário !

Retomando o tema já aqui inserido com o nº. 139 ou seja a libertação de Ingrid Betencourt, só agora começam a ser conhecidas os meandros da logistica utilizada para este resgate. Embora se concorde com o acontecimento, já o mesmo não podemos dizer quanto ao expediente utilizado e só quem não pense na gravidade de uma situação Humanitária em caso de guerra, por exemplo, o pode aceitar levianamente.
Ao que consta, foi utilizado indevidamente o símbolo da Cruz Vermelha na acção que colocou Ingrid Betencourt, a abrilhantar o dia Nacional de França e do presidente Sarkozy.
Ora como esta Instituição não foi vista nem achada na operação em causa, o risco da incorrecta utilização do seu símbolo pode vir a tornar-se um grave problema internacional e a descredibilizar aquela Organização de Ajuda Humanitária.

145 - As minhas leituras diárias

Pois é assim, que se vai chamar daqui para a frente a rubrica, que hoje início e cujo conteúdo já ontem inaugurei.
Passo a explicar:
Como sou daqueles portugueses que não ganham nem um décimo do ordenado do Dr. Victor Constâncio e sendo assim, não tenho forma de investir na compra de jornais, fico-me pelos que, gratuitamente, me são oferecidos à entrada das estações de Metro e de Combóio. Da minha leitura diária por estes jornais, darei aqui conta (desde que o assunto seja relevante evidentemente)
Ontem foi aquela do Alentejo, a “grande ogiva do sul”, hoje “poisaram” outra vez os meus olhos no “Global noticias” e o que leio como manchete?
“Constâncio é contra aumentos salariais” a que se segue as declarações, e considerandos, cujo texto tive de ler e reler várias vezes, para ver se encaixava.
Então o Sr. Governador do Banco de Portugal (portanto o Banco de todos nós) que gere com um vencimento principesco, qualquer coisa como (3894 contos mensais mais coisa menos coisa) tem a lata de vir dizer que, e resumo, o que está a desacelerar a economia nacional é, para além da anulação por parte dos países clientes nas encomendas aos exportadores, também o aumento das taxas de juro e das restrições bancárias aos empréstimos à compra de casa, esmagam o investimento e consumo das famílias. (E mesmo assim é contra os aumentos salariais)
Mais, prevê para 2009 a diminuição do emprego (como se fosse necessário ir à bruxa para chegar a essa conclusão) e o cinto a ficar apenas na fivela, (para alguns é claro) o aumento da inflação, aumento dos juros, as poupanças de rastos!?!, o crédito por água abaixo, enfim ... e vai ao cúmulo de deixar ao governo um recado: “não à tentação de garantir o poder de compra” a toda a gente, diz o jornal.
O que quer dizer que, para alguns, os privilegiados como o Dr. Constâncio, que tem esta garantia, é de facto outra gente outros chuxalistas...
E eu pergunto como é que as famílias podem investir se nem a compra dos alimentos essenciais, como leite e pão, a aumentarem da forma despudorada a que assistimos, já conseguem realizar ?
Isto é o circulo vicioso a que os últimos governos nos tem levado: sem salários justos e o poder de compra das famílias a baixar cada vez mais, de forma a não poderem nem alimentar-se convenientemente, como poderão gastar em produtos supérfluos, ou ter poupanças?
Sem poder de compra não se gasta, o comércio não vende, as fábricas não produzem, não se investe e os salários baixam..........

144 - Alentejo ai Alentejo!

Desde a famosa frase do actual Ministro das Obras Públicas, no celebre discurso sobre a localização do novo aeroporto em terras do Alentejo, muita tinta tem corrido sobre esta zona do país e suas potencialidades.
Estas terras de Portugal continental “O celeiro da Nação” como se dizia no tempo da outra senhora, e que após a entrada na CEE recebeu fartos subsídios para o arranque de pomares, e abandono agricula, vê-se agora alcandorada a novo titulo!
Valha-nos a santa paciência.
O ex-ministro da economia do governo do bloco central 1983/85 Ernâni Lopes, descobriu agora, que o futuro passa pelo Alentejo e designou a região por “grande ogiva do sul” (veja-se o "Global noticias" de 15/7/2008) e mais, disse ainda, ser em Portugal, a região que tem mais potencial económico.
Assim mesmo “grande ogiva do sul” isto remete a minha imaginação (que é muito fértil diga-se de passagem) para uma grande ogiva nuclear ou, por outras palavras para uma grande bomba.
E deixa ainda a dica dos melhores sectores para investir e que são, desde logo: a agricultura! acesso a serviços de saúde; turismo; uma segunda habitação para os mais ricos!; (sublinhado meu e ponto de espantação também) e uma industria sofisticada! (mais um ponto de espantação que o caso não é para menos).
Ora havendo alguém que, tendo terrenos, acesso a serviços de saúde
(Centro de Saúde, Hospital e até Veterinário que, com a saúde não se brinca), uma segunda casa de habitação, no campo, mas a 300/400 metros da cidade, turismo ao pé da porta (2 piscinas privativas) , mesmo sem um euro no bolso poderá ser considerado dos mais ricos?
Ou para isso é necessário ter a tal industria sofisticada, talvez uma fabrica de bombas (de água é claro) que das outras já por aí há muitas e das ogivas virtuais o sr. ex-ministro encarrega-se de as promover.

143 - APELO

Não posso nem quero deixar passar este APELO, publicado por Samuel no blogue "Cantigueiro" e que aqui transcrevo pois nada poderia acrescentar às suas palavras senão que subscrevo inteiramente.
Uma vez mais graças a uma preciosa informação do meu amigo e camarada Carlos Almeida, é importante que se saiba: nestes dias de regozijo pela libertação de Ingrid Betancourt, há uma outra mulher colombiana também com esse mesmo apelido - só que escrito Betancur (por ser hispânico e não afrancesado) - de seu primeiro nome Sónia que, desde 22 de Abril, vive horas, dias, semanas e meses de angústia e de dor com a sua pequena filha Chiara Rivera.
É que, desde aquela data, não sabem do paradeiro, estado ou situação de Guillermo Rivera Fúquene, seu marido e pai, comunista e membro do Polo Democrático Alternativo que governa o munícipio de Bogotá, e ainda e sobretudo Presidente do Sindicato dos funcionários da autarquia da capital do país.
Foi visto pela última vez no já referido dia 22 de Abril, às 6.30 da manhã, numa rua do bairro «El Tunal» onde tinha ido levar a filha à escola, em Bogotá, onde reside. Uma testemunha e câmaras de video instaladas no local atestam que foi abordado por um grupo de agentes policiais e foi forçado a entrar num carro da Polícia Metropolitana.
Apesar de todas as iniciativas da família e dos seus companheiros e dos apelos de organizações sindicais internacionais (ver aqui comunicado e carta a Uribe da ITUC (International Trade Union Confederation), quatro meses depois do seu desaparecimento, as autoridades dependentes do Presidente Álvaro Uribe não prestam nenhum esclarecimento cabal sobre este drama (que se deseja não se transforme em mais um crime.)
Daqui lanço um apelo sincero à expressão de formas de solidariedade com Sónia Betancur que permitam salvar a vida de seu marido e do pai da pequena Chiara Guillermo Fúquene.

142 - Divirtam-se

Pois é, pedi a minha amiga Mar, que me ensinasse a colocar nesta minha casa uma brincadeira interessante que ela tinha lá no seu sitio.
Resultado, quem aqui vier e quizer pode sempre experimentar fazer um desenho, por exemplo uma cazinha, um sol, uma flor e vai ver que o dia passa a ser um lindo dia cheio de inspirações maravilhosas. Vá desenhem, procurem na barra ao lado. Também podem escolher as cores.
Por mim, foi grato recordar os desenhos que invariavelmente fazia nos meus tempos de instrução primária. "O Monte do Moinho" ou "A Quinta das laranjeiras".

141 - Francisco Miguel Duarte

O poema que abaixo transcrevo "Não cultives a fraqueza" é da autoria de um homem que o sem saber e sem me conhecer, moldou a minha forma de sentir e de pensar.
Foi ele Francisco Miguel Duarte, de quem o meu avô me contava, como se de histórias se tratassem, as suas lutas e batalhas no tempo da ditadura. Para mim criança de 8/10 anos ele era o meu herói o meu hercules.
Quando o conheci de compleição pequena, foi para mim a prova de que a grandeza e força interior do ser humano nada ter a ver com a sua figura.
Dele diz J. Casanova, as palavras que confirmam esta minha admiração:
"uma vida heróica de revolucionário; a vida de um homem possuidor de uma coragem sem limites; a vida de um homem que fez do ideal comunista uma forma de relacionamento humano e um poderoso instrumento de luta; a vida de um homem que fez da sua adesão ao Partido uma opção de vida» uma «fraterna e solidária postura» uma «sensibilidade humana e artística» revelada pelos seus poemas «feitos de uma imensa ternura e de um imenso amor à vida e às pessoas».

140 - Palavras com sentido


Não cultives a fraqueza

Vive o fraco na fraqueza,
o bom na sua bondade,
vive o firme na firmeza
lutando por liberdade.

Não cultives a fraqueza,
procura sempre ser forte,
que o homem que tem firmeza
não se rende nem à morte.

Educa a tua vontade
faz-te firme em decisões,
que não terá liberdade
quem não fizer revoluções.

Se queres o mundo melhor
vem cá pôr a tua pedra,
quem da luta fica fora
neste jogo nunca medra
.
(Francisco Miguel Duarte)

139 - A Propósito....

A propósito da noticia sobre Ingrid Betancourt, que ao contrário ao que foi noticiado, afinal parece estar de muito boa saúde, gostaria de divulgar da autoria de Miguel Urbano Rodrigues, Jornalista e Escritor, com vasta obra publicada, um artigo sobre as Guerrilheiras das FARC.
O referido artigo está publicado em http://www.avante.pt/noticia.asp?id=6514&area=19