73 - Caldo de peixe

Volto à simples mas saborosa comida alentejana.
Se fosse aqui por estas bandas, (Lisboa), seria "sopa de peixe" mas falamos do Alentejo, em que sopas são apenas as sopas de pão.
Por isso vamos falar direito: Caldo de peixe.
Os ingredientes:
Tomate; cebola; pimento verde; batatas; ovos (facultativo) peixe, que neste caso é uma bela posta de corvina; azeite; sal e água.
Faz-se um belo refogado com o azeite, cebola às rodelas, tomate e pimento, tempera-se de sal. Depois juntam-se as batatas, o peixe e a água necessária para cozer todos os ingredientes, por fim os ovos (sem casca).
Cortam-se sopas de pão, para uma "plancana" (prato fundo tipo saladeira) e regam-se com o "caldo de peixe". Acompanha-se com rodelas de rábano e azeitonas de qualquer tipo de conserva. BOM APETITE!


Fica prometido que um dia explico como se tratam as azeitonas e os ingredientes para os vários tipos de conserva.

72 - Violência nas escolas

Após ter visionado dezenas de vezes (em todos os canais de televisão) o caso da aluna que supostamente agrediu a professora e tendo-me documentado sobre o estatuto do aluno e situações associadas, como por exemplo, a quantidade de pessoal auxiliar nas escolas ou a falta deste pessoal, na qualidade de mãe, avó, aluna que já fui e ainda como cidadã deste país, formei a seguinte opinião:
De facto não se pode admitir que situações destas ocorram nas nossas escolas. A escola é ou deve ser mais do que um lugar onde se vão adquirir conhecimentos curriculares, um lugar onde se ensinem atitudes cívicas e de respeito pelos outros, em colaboração com as famílias que deverão também tomar parte no processo de formação das nossas crianças e jovens.
Porém e voltando ao caso concreto deve dizer-se que, se no Estatuto do Aluno, artº. 5º (Papel especial dos Professores) refere que:
“Os professores, enquanto principais responsáveis pela condução do processo de aprendizagem devem promover medidas de carácter pedagógico que estimulem o harmonioso desenvolvimento da educação, quer nas actividades na sala de aula quer nas demais actividades da escola."
Por outro lado no capítulo, Direitos e Deveres dos Alunos o artº. 15º (Deveres do Aluno), alínea q) diz:
“Não transportar quaisquer materiais, equipamentos tecnológicos, instrumentos ou engenhos, passíveis de, objectivamente, perturbarem o normal funcionamento das actividades lectivas, ou poderem causar danos físicos ou morais aos alunos ou a terceiros."
Vem depois no artº 25º (Determinação da medida disciplinar) em cujas normas de aplicabilidade deve ser tomado consideração:
“... a gravidade do incumprimento do dever violado, a idade do aluno, o grau de culpa, o seu aproveitamento escolar anterior, o meio familiar e social ....os seus antecedentes disciplinares e todas as demais circunstâncias em que a infracção foi praticada que militem contra ou a seu favor."
E as (Medidas Correctivas), artº. 26, consoante a gravidade da situação:
"a) Revogada; b) Saída da sala e demais locais onde se desenvolva o trabalho escolar; c) A realização de tarefas e actividades de integração..... d) O condicionamento no acesso a certos espaços escolares... e) mudança de turma. "
Há depois outras medidas disciplinares sancionatórias, que vão desde a repreensão registada, à suspensão da escola até 10 dias úteis e a transferência da escola.
Por fim e para o efeito da análise vem o artº. 44º. Ponto 1. (Participação):
"O professor ou funcionário da escola que entenda que o comportamento presenciado é passível de ser qualificado de grave ou muito grave, participa-o ao director de turma, para efeitos de procedimento disciplinar."
Feita a explanação dos artigos que considero no seu conjunto serem os que merecem reflexão para análise deste caso, é minha opinião que:
Se a aluna como constatamos no vídeo amplamente divulgado teve um procedimento de desrespeito pelas normas escolares, o certo é que a professora também concorreu para a lamentável cena, tanto mais que tinha ao seu dispôr medidas que poderiam ter levado a aluna a sofrer uma medida disciplinar sem pôr em risco a sua própria segurança, nem ter passado pela situação embaraçosa e humilhante que se constata no video por parte dos restantes alunos.
Assim sendo e embora reconheça que neste momento os professores estão a passar por uma fase muito complicada das suas vidas, profissionais e privadas em que os nervos à flor da pele serão mais que muitos, pressionados de todas as formas e feitios por programas complicados, avaliações, alteração na progressão da carreira, etc. creio que não teve a professora envolvida nestas lamentáveis cenas, pelo menos pelo que se viu, a melhor politica de educação e pedagogia na resolução do problema.
É certo que estou numa análise fria e distante do contexto da situação mas, diga-se de passagem que a autoridade não deve ser exercida de forma incontornavel e fora de controlo como a que ficou registada. Se a aluna estava a usar o telemóvel mesmo depois de ter sido alertada para que o não fizesse, o problema deveria ter sido resolvido com a saída da aluna da sala de aula, participação ao Conselho Directivo, que aí sim poderia confiscar se fosse caso para isso, o telemóvel à aluna com base na acima citada alinea q) do artº. 15 do Estatuto do Aluno.
Teria ainda servido de lição aos outros alunos que, tendo eles também telemóveis os usaram para filmar tão degradante situação, posteriormente divulgada pela internet. De referir que, segundo relataram os jornais, (e aqui a minha boca abre-se de espanto) o caso só foi levado ao conhecimento de quem de direito, uma semana depois.
Medo de represálias? Talvez. Só que agora, com a agravante do problema ter sido tratado tarde e a más horas e só depois de ser do domínio público.
Por outro lado, onde estavam outros professores, pessoal auxiliar e mesmo pessoal de secretaria que nada ouviram ou se ouviram não se dignaram verificar o que se passava? Eu sei que o Ministério da Educação, poupa e muito com o não pagamento de vencimentos ao pessoal auxiliar que cada vez está em menor número nas escolas, e como se constata tanta falta faz.

71 - Alecrim

Depois de ter apresentado o meu vaso de Mangerona e relembrando a peça de António José da Silva, (As guerras do Alecrim e Mangerona) apresento-lhes o meu Alecrim:










Em resposta a D. Fuas que defende a Mangerona retroca D. Gilvaz: "O Alecrim, ...." "... é a coroa dos jardins, o lenço vegetável das lágrimas da Aurora. Nas chamas é fenix; nas águas, rainha; e finalmente é o antidoto universal de todos os males e a mais segura tábua da vida..."
E no dia a dia para que nos servirá o Alecrim?
Na culinária serve para temperar aves, caça e em certos países também se utiliza em assados de cabrito e vitela.
Segundo rezam os livros, é um estimulante para pessoas em estado débil, combate a tosse a febre tifóide.
Ajuda nas digestões dificeis se se tomar uma chavena de chá depois das refeições.
O Alecrim é ainda referenciado na canção Popular:
Alecrim
Alecrim, alecrim dourado
que nasce no campo sem ser semeado,
Ai meu amor quem te disse a ti
Que a flor do monte era o alecrim?
Alecrim, alecrim aos molhos
Por causa de ti choram os meus olhos
Ai meu amor quem te disse a ti
Que a flor do monte era o alecrim ?

70 - 21 de Março - Dois em Um

Encontrei aqui um poema comemorativo do dia Mundial do Sono. Ora como hoje é também o dia Mundial da Poesia, aqui está o dois em um:

Dia Mundial do Sono…
Gostava de dormir mais…
Mas não há tempo a perder…
Todas as horas são boas…
Boas para te poder ver…

Gostava de dormir mais…
E nos teus braços embalar…
Sentir o teu carinho…
E musicar de encantar…

Gostava de dormir mais…
Para poder descansar…
Mas manar sozinho…
Isso nem dá para pensar…

Gostava de dormir mais…
E em ti não pensar…
Mas mal fecho os olhos…
E vejo-te a bailar…

Se queres que eu durma,
Mais um pouquinho…
Deita-te ao meu lado …
E faz-me um miminho….

69 - 21 de Março - Dia Mundial da Poesia




Sou Poeta

Sou poeta...
Se poeta é sentir
No coração da gente
Um sentimento profundo
E cantar o que se sente.


Sou poeta...
Se poeta é saber
Cantar a vida,
O amor,
A luz do sol
Saber ouvir
Lamentos de gaivota
Ou a alegre "voz" do
Rouxinol.


Sou poeta...
Se poeta é olhar,
Vendo o Mundo
Doutro modo;
Saber sonhar
Acreditar,
Num amanhã
Num mundo NOVO!

Eu, 1982

68 - Dia Mundial da Árvore

Comemora-se hoje, dia 21 de Março, a chegada da Primavera assim como o dia Mundial da Árvore. Como curiosidade refira-se que estas comemorações tiveram lugar pela primeira vez no estado norte-americano do Nebraska, em 1872 há portanto 136 anos. Nos EUA, é comemorado no dia 23 de Setembro, aniversário de Julius Sterling Morton, morador da Nebrasca, que incentivou o plantio de árvores naquele estado.
Nos países do hemisfério sul, comemóra-se a 22 de Setembro, data que marca a chegada da primavera, estação onde a natureza parece recuperar toda a vida que estava adormecida pelos dias frios de inverno.
Um pouco por todo o lado assinala-se este dia junto das escolas levando as crianças a plantar árvores, das mais diversas espécies.
E nós, cada cidadão deste planeta o que poderá fazer? Pois bem plante-se uma árvore no quintal, ou na varanda, qualquer espécie serve, de grande porte se se tiver espaço anãs se o espaço for reduzido. As nanãs podem plantár-se em vasos, isto dá a oportunidade de as levar para dentro de casa, durante o inverno. Mesmo sendo pequenas as árvores anãs podem produzir muita fruta. É o caso dos citrinos, laranjeiras e limoeiros dão-se bem se tiverem os cuidados adequados. Também os loureiros, as romanzeiras e as oliveiras se podem ter nestes vasos. E que dizer das acácias, as mimosas, as magnólias de lindas flores.
Para uma árvore anã, escolha um vaso grande, com pelo menos com uns sessenta centímetros de diâmetro, e com buracos para drenagem suficientes, use terra para vasos e encha o vaso. Coloque-o elevado em relação ao depósito de agua os vulgares pratinhos, não deixe directamente em cima de um prato nem numa poça de água. Regue uma vez por semana.
Este ano a juntar à laranjeira e ao loureiro, que tenho na varanda, irei plantar uma oliveira!
E quem não possa de todo em todo plantar uma árvore, lembre-se que pode sempre evitar a propagação dos incêndios florestais, seguindo as normas abaixo referidas:
- Não faça fogueiras em zonas florestais de alto risco, especialmente no Verão
- Não deixe em lugar nenhum pontas de cigarro acesas
- Não deite foguetes em locais expostos à propagação do fogo
- Não abandone lixo ou desperdícios que possam favorecer a propagação do fogo
- Não tente chegar a todo o lado de carro: o contacto do tubo de escape com a folhagem seca pode iniciar um incêndio.
- Não seja passivo ante as responsabilidades dos outros. Se as pessoas irresponsáveis persistirem, denuncie-as às autoridades

67 - Despesas Públicas

Foi hoje publicado em Diário da Republica o novo logotipo da ADSE, aqui reproduzido, embora sejam referidas cores para as letras. O que se vê em primeiro lugar é o antigo e o novo é o segundo.

O que no entanto motiva este meu comentério é a explicação da justificação de mais um gasto de dinheiros publicos.
Refere a publicação que: "...O novo logotipo tem, desde logo, como opção central a não inclusão de formas ou letras rigidas, demonstrando a sensibilidade e a aproximação aos agentes que interagem com a Direcção Geral.
Pretende-se também traduzir uma referência à ligação "Passado-Presente-Futuro". Esta referência subtil assume-se ao manter a sigla associada à Assistência na Doença aos Servidores Civis do Estado, com a união de todas as letras daquela sigla, num gesto continuo de escrita."
Alguém consegue ver esta explicação no logotipo? Não? Pois eu também não! A não ser aquela da referência subtil entre Passado-Presente-Futuro. Será que "subtil" é aquela clara onda que faz lembrar uma parte intima da anatomia humana? Sim, porque eu não consigo ver a união de todas as letras, nem a sensibilidade das mesmas, nem o gesto contínuo da escrita. Há pelo contrário, pelo menos no "boneco" publicado, uma clara interrupção entre cada uma das letras que compõem a sigla. Pior o "A" desapareceu e o D está desproporcionado face às outras letras legiveis. Mais, no boneco as formas e letras não são rigidas?!
Enfim custos evitáveis tanto mais que, todos os impressos deverão ser substiuidos e será ainda obrigatória a emissão de cartões com a nova sigla para todos os "beneficiários" contribuintes.
E assim vão os dinheiros públicos que o mesmo é dizer o nosso dinheiro, ou será que estes gastos também se devem aos mandriões dos Funcionários Públicos?!

66 - Dia do Pai

Há conceitos e ideias que estão tão intrinsecamente arreigados a nós e à nossa maneira de pensar que quase não lhes damos importância.
Uma vez, quando era miuda, levei um cartão todo bonitinho feito por mim na escola, comemorativo do dia da mãe – ainda não se tinha inventado o comercial dia do pai - para oferecer à minha mãe que ao aceitá-lo me disse que o dia da mãe eram todos os dias.
Compreendi as suas palavras e desde esse dia deixaram de ter para mim qualquer sentido comemorar os dias da mãe, do pai ou dos filhos, pois estes devem ser todos os dias da nossa vida.
Por outro lado lemos muitas vezes nos jornais, crónicas e opiniões que depois do primeiro parágrafo logo mudamos de página, outras vezes, sentimos como que uma pancada no peito, um acorda! e damos conta como no caso presente, que era isto exactamente o que a minha mãe queria dizer.
Vem esta conversa a propósito do Editorial de hoje no jornal Destak, subscrito pela sua directora Isabel Stilwell, - escritora que muito admiro – sobre o dia que hoje se comemora: O DIA DO PAI.
Transcrevo na integra o editorial já que não consigo desagregar do contexto qualquer um dos parágrafos escritos:
Dia do pai vive-se no dia do pai afectivo e não biológico

São José tinha muita pinta, e às vezes parece que certa Igreja se esquece do que representa simbolicamente a Sagrada Família: uma mãe adolescente, com a coragem de enfrentar a gravidez, e a educação de um filho, contra toda a má língua da vizinhança, baseada apenas na sua imensa Fé; Deus, um pai «biológico», que confia a guarda de Maria e do seu filho Jesus a um pai adoptivo. E José Carpinteiro, que assume o papel de verdadeiro pai até ao fim. 2008 anos depois, não pode ser acaso (mas talvez passe mais por um desígnio celeste) que se celebra o Dia do Pai, no dia que o calendário religioso atribui a S. José. Ou seja, para todos os efeitos, no dia do pai afectivo.

Sinceramente acho fascinante ler a história por este ângulo, que me enche de orgulho, porque nela está contida uma mensagem revolucionária, que deveria fazer abanar as ideias feitas e os preconceitos de tanta gente que continua presa à ilusão de que apenas o sangue ou os genes contam. A quantidade de sofrimento que poderia ter sido evitado, e pode vir a sê-lo, se entendermos a magia deste «clã», que tem sido tantas vezes venenosamente utilizado para pregar a intolerância.

Mas é «lição» de mais coisas. É lição da importância imensa que é dada ao pai, não ao pai autoritário, mas aquele que vira a sua rotina do avesso para proteger um filho (foge com Jesus para o Egipto), que se dedica a sustentá-lo e a educá-lo, e não menos importante, a ser o braço direito da mãe, em quem confia incondicionalmente (caramba, afinal Maria «apareceu» grávida de outro!), aceitando dividir com ela uma missão quase impossível. Por isso aqui fica a minha sugestão: pendurem a imagem de S. José nos tribunais. Talvez assim se inverta a tendência para 94% dos casos atribuir o poder paternal à mãe, abrindo a porta à exclusão do pai na vida dos seus filhos. Para não falar na ajuda que dava quando o que está em causo é a opção entre um pai só biológico, e um adoptivo que se dispõe a amar, mesmo que esteja ainda numa lista de
espera.

Falta dizer que subscrevo na integra estas palavras.

65 - A minha "piscina"

Comadre Xica este post é especialmente para ti apresento-te as minhas "piscinas" sim são duas!
Parece a "Aldeia da roupa branca" não é?
Havia uma classe de trabalhadoras "As lavadeiras" profissionais que durante o Verão lavavam no Guadiana e nas outras estações do ano nas hortas. É o caso que aqui mostro.
A segunda feira era sempre muito concorrida era o dia das lavadeiras profissionais. Posso reconhecer na segunda foto, em primeiro plano a vizinha Saúde mulher já de uns 70 anos mas que continuava na sua profissão, assim como a filha Maria Amélia, ambas tinham lugar cativo quer num quer no outro tanque que na primeira foto ainda não existe. Na segunda já se vê um canto do outro tanque. Ao lado da vizinha Saúde, a Srª. Antonica Picareta outra profissional; do lado esquerdo da fotografia a minha mãe segurando a canastra (cesto onde se transportava a roupa) e do lado direito da fotografia o meu pai. Era uma alegria a roupa lavada estendida ao sol a secar. Estas fotos são do tempo em que em Serpa as máquinas de lavar eram um luxo só existente nas casas mais ricas e mesmo assim utilizadas esporadicamente. Alturas houve em que os dois tanques estavam completamente lotados com 36 pessoas a lavar em cada um!

São fotos de épocas diferentes, como se pode perceber, estando nelas espelhado o gradual abandono desta profissão consequência da também gradual aquisição das máquinas de lavar.

64 - Cozinheiro inglês

Se o cozinheiro Jamie Oliver fosse português estava tramado.
Assisti no passado fim de semana a um dos seus programas, exibidos numa das televisões portuguesas e para meu espanto:
a) cortou batatas cozidas e carne crua, lado a lado num mesmo espaço;
b) não lavou as ervas utilizadas as quais colheu directamente dos vasos que, honra se lhe seja feita, existem em abundância na sua cozinha;
c) falou naquele seu jeito, (com perdigotos à mistura) com o rosto junto à frigideira onde estava a cozinhar;
d) limpou as mãos às calça
e) provou o molho de chocolate com uma colher que imediatamente voltou a meter no tacho para mexer o molho etc.
E nem me passa pela cabeça falar na falta de protecção dos cabelos pois o gel é tanto que não deverá cair nenhum na sopa, mas sinceramente tenho dúvidas.
Se isto acontecesse com os cozinheiros portugueses, será que continuariam a fazer o programa?

63 - Tatuagens e piercings

Foto: sub rosa net
Não obstante achar horriveis os piercings e não ser adepta de tatuagens, penso que a proposta do PS de proibir estas práticas, mesmo em zonas sensiveis do corpo, está a remeter-nos para proibições, que não sabemos aonde irão parar. O próprio deputado Renato Sampaio, autor da proposta evocando razões de saúde reconhece, segundo o jornal de Noticias que se trata também "de uma questão de gosto" !!! "Um jovem pode gostar e decidir fazer uma tatuagem sem medir as consequências, mas terá de ficar com ela para sempre", defende.
Eu não gosto da escultura do João Cutileiro, mais conhecida pela "pilinha de Lisboa" em pleno Parque Eduardo VII - Uma questão de gosto, eu sei, mas não exijo a sua demolição e aceito que outros disfrutem do que a mim me agride. O certo é que terei de ve-la sempre que lá passar.
E é por isso que, mesmo não gostando de tatuagens, não admito que me proibam de as fazer se isso me der na "bolha" só porque alguém do PS, não gosta.
Cuidem-se os jovens que qualquer dia irão pagar, como no tempo da outra senhora, multa por tocar um beijo!

62 - Calçada à Portuguesa

Confesso-me fascinada quando vejo a chamada, calçada à Portuguesa. Quem faz um trabalho minucioso como aquele só pode ser chamado de artista. Independentemente de quem elabora o desenho, são as mãos que o executam os seus principais artesãos. Pena é estar a desaparecer até nas Ruas de Lisboa.
Num destes dias o autocarro em que seguia avariou a meio da Av. da Liberdade e tive de a subir a pé. Embora cansativo dei por bem empregue o passeio pois mais uma vez tive a oportunidade de contemplar aqueles maravilhosos mosaicos de calcário preto e branco.

61 - Mais uma erva para a minha horta

Pois é, uma visita à feira de Monte Abraão e não resisti a trazer para casa mais uma bonita e cheirosa erva: Mangerona.
Quem não conhece a celebre peça "As Guerras do Alecrim e Mangerona" de António José da Silva (O Judeu)?
A dado passo D. Fuas, um dos personagens defende que: "a mangerona é a planta de Vénus..." (deusa do Amor) " de cujos ramos se coroa Cupido..." (deus do Amor) e continuna: "... aquele suavissimo aroma de cuja fragância é hidrópico o olfacto, ela é a delicia da Flora, o mimo de Abril e a esmeralda no anel da Primavera".
Deixando de lado tão deliciosa descrição passemos ao mais prosaico. A Manjerona não tolera geadas, sensível ao frio prefere um clima temperado a temperado-quente solos secos, bem drenados, sendo os calcários os mais apropriados. Na culinária serve para aromatizar bebidas, carnes, sopas, gelados, recheios, pizzas, peixe, frango, saladas, salsichas. A Manjerona é óptima para elaborar molhos com manteiga, para churrascos etc.

Nota/Aviso: Em pequenas doses não há problema, é no entanto contra-indicada para diabéticos e hipertensos.
No banho é relaxante e pode ser combinada com o alecrim e a menta. A sua fragrância suave e calmante aquece e reconforta, daí sua ação benéfica sobre o sistema nervoso.

60 - Água desperdiçada - outro exemplo

Num post publicado mais abaixo sobre a água que gastamos e como a desperdiçamos sem pensar que um dia nos pode faltar, dizia eu que :
"Os grandes desperdícios do uso de água potável são o lavar dos carros, as constantes descargas completas nas casa de banho e as regas dos jardins".
Parece que nem a propósito, há dias deparo com esta cena num jardim de Lisboa, mais propriamente frente à Praça do Campo Pequeno, junto à paragem do autocarro 727, cerca das 19,30h. O espaço ajardinado já estava tão empapado, que a água escorria pelo passeio e o repuxo continuava a jorrar.

59 - Dieta Mediterranica

A alimentação saudável a que se convencionou chamar de "dieta mediterranica" não é mais do que uma alimentação feita à base de produtos variados contendo antioxidantes, hidratos de carbono, fibras, gordura vegetal etc.
A tradicional cozinha alentejana é composta por todos estes elementos, embora rica e variada, é ao mesmo tempo de confecção simples, em que os ingredientes se combimam e recombinam, e em que as ervas aromáticas são imprescíndiveis.
Proponho-me trazer aqui, pratos tradicionais da minha terra, cozinhados de forma simples como no tempo da minha avó, com a ressalva de que não irei cozinhar horas aquilo que posso encontrar já pré-preparado. Hoje será Feijão frade com abóbora menina.
Ingredientes:
1 lata de feijão frade;
1 cebola;
1 tomate;
1 boa fatia de abóbora menina;
azeite e sal a gosto
Um ramo de salsa, desta vez só para enfeitar.
Confecção: Com o azeite, cebola e tomate faz-se um belo refogado sem deixar escurecer a cebola. A este refogado acrecenta-se a abóbora cortada às fatias pequenas o feijão, e um pouco de água.
Deixa-se estufar lentamente até todos os ingredientes estarem cozinhados.
No tempo da minha avó este era um prato único, apenas acompanhado com uma bela fatia de pão alentejano, não se pode no entanto negar que era um belo prato cheio de côr, rico em sabor e muito barato. Hoje se quizermos podemos acompanhá-lo com croquetes, pasteis de bacalhau ou com o que a vossa imaginação aconselhar. Bom apetite.

58 - Rogério Ribeiro

(Estremoz, 31 de Março de 1930 - Lisboa, 10 de Março de 2008)







Não quero deixar de prestar a minha homenagem e lamentar a morte de um homem que além de professor e artista plástico, foi um combatente político pelas causas da liberdade e da democracia.

Em cima: O Autor e a sua última obra o Monumento de homenagem à Mulher Alentejana, inaugurado em Beja, no passado dia 8 de Março.

57 - Descobertas

Confesso, que ainda não tinha percebido porque é que eu só consigo ter a casa arrumada ao Domingo.
Julgava que fosse defeito meu, desleixo eu sei lá.
Arrumo no Sábado, Domingo aguenta-se, Segunda feira começa a desarrumação.
Agora está tudo explicado, preto no branco!

56 - Ainda "A Outra"

Hoje encontrei uma foto antiga que tinha perdido.16 anos quantos sonhos para viver.
Alguns consegui, outros ficaram pelo caminho porém, olhando para trás garanto:

Não me arrependo de nada do que fiz.

55 - A minha homenagem aos PROFESSORES

Foto: António Vilarigues

Manifestação 8/3/2008 100.000 Professores nas Ruas de Lisboa

Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis
(Bertold Brecht)

54 - Invenções na cozinha

De vez em quando dá-me para inventar pratos novos. Hoje apeteceu-me uma sopa de peixe.
Qualquer semelhança com receita existente é mera coincidência.
Aqui vão os ingredientes utilizados:
1 nabo
1 courgett
1 batata
1 cebola
Peixe, que neste caso foi um filete de linguado congelado, azeite e sal a gosto e para o toque especial hortelã da ribeira. Esta é da minha horta, na varanda.
Cozem-se todos os ingredientes, tendo o cuidade de deixar uns raminhos de hortelã para enfeitar, passa-se com a varinha mágica e aqui está uma sopa nutritiva e diferente. Bom apetite
Nota: A quantidade indicada dá para duas pessoas.

53 - Fui atrás da minha amiga Mar

E dei com isto:

Não foi novidade, eu sei que sou assim...

Mais, eu sei que sou teimosa, orgulhosa, vaidosa e tudo o mais que inventarem. Mas mas sou feliz e gosto muito de mim. Se eu não fosse assim, como podia gostar dos outros?

52 - Dia 8 de Março de 2008

DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Para cada uma das
MULHERES DO MEU PAÍS

50 - Cartas trocadas

Não tendo nada contra esta classe de trabalhadores, acho até que a instabilidade dos postos de trabalho são uma das consequências deste estado de coisas.
Quem contrata estes profissionais deveria proporcionar-lhe acções de formação, não só para conhecerem as Ruas da Freguesia, como para terem a noção da responsabilidade das funções que exercem.
Evitar-se-iam as trocas e baldrocas frequentes na entrega de correspondência.
Hoje, há poucos momentos, mais uma vez me vieram entregar correspondência minha, que foi deixada na caixa de correio de um outro prédio que não o meu.
Esta situação é tanto mais grave quanto, como na situação presente só de 8 em 8 dias a dona da casa e como se compreende dona da caixa do correio onde a minha correspondência foi deixada, vem buscar o correio. Por acaso era uma carta do Banco, mas dada a demora na resposta já eu tinha solicitado telefonicamente a necessária informação junto da dependência Bancária.
E a quem se pede responsabilidades se as cartas deixadas nestas trocas, tiverem prazos de resposta?
Tal como a minha vizinha, também eu, inésimas vezes tenho feito de carteiro ao ir entregar aos seus destinatários as cartas que são deixadas na minha caixa de correio.
E o incrivel da coisa é que são para as Ruas mais diversas.
Sim, pois claro que há sempre a hipótese de as devolver ao carteiro, mas... que confiança se tem de que irão parar às mãos dos verdadeiros destinatários ?

49 - Àgua um bem precioso

Enquanto em alguns países se luta e se morre por um copo de água, nós aqui desperdiçamos um bem tão precioso em situações que se poderiam de facto evitar. E é assim que quase todos os fins de semana se vê limpezas de carros, à mangueirada, efectuadas a porta de casa com água da torneira.
A água é um recurso com quantidade fixa. Contando mares, rios, aquíferos, gelo, neve e vapor, há um total de 1,39 bilhão de metros cúbicos deste líquido em todo o planeta. Cada gotinha de água pode mudar seu estado – líquido, gasoso, sólido – que ela nunca se perde, mas também não se reproduz.
Aliás, não obstante todos os desastres ecológicos que temos vindo a observar, como as cheias que este ano aconteceram um pouco por todo o mundo, zonas há, em que durante a maior parte do ano nem uma gota de chuva cai do céu.
Como consequência do aquecimento global que se regista, a população, a industrialização, as áreas de plantação, requerem cada vez mais água. Para manter o equilíbrio, precisamos economizar.
Os grandes desperdícios do uso de água potável são o lavar dos carros, as constantes descargas completas nas casa de banho e as regas dos jardins. Queixamo-nos do montante astronómico da conta da água que nos chega todos os meses, sem nos lembrarmos dos desperdícios que fazemos no dia a dia. A água tratada é muito cara. Na hora de abrir a mangueira, ou accionar o botão do autoclismo não pensamos nisso, mas dá para perceber pela conta que se tem de pagar todos mêses.