89 - Almoço Comemorativo do 25 de Abril


Foi no salão nobre dos Bombeiros Voluntários de Queluz que este ano se ralizou o almoço/convivio, comemorativo do 25 de Abril.



O lugar vago nesta mesa era, claro está, o meu.
O almoço estava óptimo mas foi sobretudo o são convívio e a comunhão de ideias que presidiu a esta reunião.
A mesa que presidiu, era constituida por camaradas mais velhos e pela juventude, demonstrativa que o PCP, está mais forte que nunca e em boas mãos.
Depois do almoço podemos ouvir o camarada Casanova na evocação do que foi o 25 de Abril de 74 e do que deve continuar a ser a luta para os acreditam nos valores da Liberdade.

88 - A Fala dum cravo vermelho

Entre o 25 de Abril e o 1º de Maio para quem defende a LIBERDADE, a SOLIDARIEDADE, o TRABALHO, o PÃO, não esquecendo evidentemente os DEVERES que também temos, são dias de muitas emoções. Vou agora para o almoço comemorativo do 25 de Abril mas não quero deixar de transcrever aqui um poema de Augusto Gil, um poeta nascido em 1873 e que embora tenha falecido em 1929, continua muito actual.
O poema reza assim:
Da braçada de cravos que trouxeste
Quando vieste,
Minha linda,
Há um - o mais vermelho e mais ardente -
Que espera ainda ansiosamente
A tua vinda...

Só ele resta agora, entre os irmãos
Já desfolhados...
Só ele espera que piedosas mãos
- As tuas mãos e os teus cuidados -
Lhe deem, numa pouca d'agua clara
E enganadora,
Uma ilusão da vida que animará
O seu vigor d'outrora ...

Mas que outro está, do hora em que o cortaste
Ainda em botão!
Murcham-lhe as pétalas e tem curva a haste,
Num grande ponto de interrogação ...

Voltado para a porta em que surgiste,
Na noite perturbante em que o trazias,
Parece perguntar porque partiste
...E porque não voltaste, há tantos dias!?...

(Augusto Gil)

87 - 1º de Maio

Maio maduro Maio

Maio maduro Maio
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou
Raiava o Sol já no Sul
E uma falua vinha
Lá de Istambul

Sempre depois da sesta
Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a varar

Maio com meu amigo
Quem dera já
Sempre depois do trigo
Se cantará
Qu'importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar
Numa rua comprida
El-rei pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Venham ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça
A turba rompeu

(Zeca Afonso)

86 - Vozes de Abril

Fernando Tordo, alterou o final da canção "Tourada" e deixou-nos um importante recado nas palavras que proferiu depois de cantar, disse ele:
Que frescura e que fácil é hoje cantar esta canção.

Entendi amigo.

85 - Ary dos Santos




POETA CASTRADO, NÃO !

Serei tudo o que disserem
por inveja e negação;
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

Os que entenderem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.

Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:

Da fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa –
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança ?

Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal –
mas que dizer da memória
de uma bonba de napalm ?

E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
Que é fonética a poesia!

Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não !

84 - Uma Gaivota voava voava ... Vozes de Abril

Na grande noite de evocação dos cantores de Abril, que estou a assistir pela TV, confesso que me emocionou mas gostei, gostei de ver e ouvir que, não obstante a cantora Helena Vieira, não ter concluído a canção de Ermelinda Duarte, o povo presente não deixou passar, e não deixou esquecer a vontade de não voltar atrás expressa na última estrofe, soltou a voz e cantando em coro afirmou:
"SOMOS LIVRES NÃO VOLTAREMOS ATRÁS"
FOI BONITO MUITO BONITO.

Ontem apenas
fomos a voz sufocada
dum povo a dizer não quero;
fomos os bobos-do-rei
mastigando desespero.

Ontem apenas
fomos o povo a chorar
na sarjeta dos que, à força,
ultrajaram e venderam
esta terra, hoje nossa.

Uma gaivota voava, voava,
assas de vento,
coração de mar.
Como ela, somos livres,
somos livres de voar.

Uma papoila crescia, crescia,
grito vermelho
num campo qualquer.
Como ela somos livres,
somos livres de crescer.

Uma criança dizia, dizia
"quando for grande
não vou combater".
Como ela, somos livres,
somos livres de dizer.

Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquistado
do pão e da paz.
Somos livres, somos livres,
não voltaremos atrás.

83 - Para que nunca se esqueça aquela madrugada de Abril


82 - Porque acreditar é preciso

Encontrei estas palavras no blogue do "Cacimbo" :

"Se não nos derem causas justas, inventá-las-emos.
É esta a lição da nossa geração, que fez a guerra e que fez a paz.
Onde estão os cravos de Abril? Onde estão as armas em flor?
E a nossa inocência, onde está?
Não fomos nós que servimos os ditadores e não fomos nós que os depusemos?
Já não somos inocentes, mas não podemos castrar a inocência dos nossos filhos.
Dedico estas minhas palavras ingénuas, provocatórias, crédulas...a todos os que são capazes de combater.
Porque acreditar é preciso."
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81 - Coerência política

José Miguel Judice, defende a fusão do PS/PSD já que diz Judice, são "dois partidos social-democratas a defender as mesmas soluções" .
Alguém tem dúvidas?

80 - Contar Abril aos mais pequenos

Clica na imagem para ampliar e ler

Do Arquivo Electrónico / O 25 de Abril para os mais novos





































Ficha Técnica
Texto por:
Manuel António Pina Edição: Associação 25 de Abril
Edição:
Associação 25 de Abril
e Associação política regional de intervenção local

79 - O que valem as estatísticas

No caderno de economia do Diário de Noticias, de hoje 18/4/2008, sob o título Funcionários públicos reformam-se antes dos 60 apesar da nova legislação vem publicado em subtítulo a noticia “Salário médio da função pública ronda os 1550 euros”
Ora bem, se não fosse tão ridículo, o texto desta última, daria certamente para rir.
Está cada vez mais comprovado que, se uma pessoa comer um boi e outra nem o cheire, esta segunda pessoa não pode morrer à fome pois (pelo menos no papel) estatísticamente comeu metade do animal.
Neste sector, o da Administração Pública, passa-se tal e qual.
É que, se juntar-mos o vencimento de um director geral, que é de (3 628,82 €) (mesmo sem contabilizar o segundo ordenado que auferem designado por despesas de representação!) ao salário de um auxiliar administrativo que é de (457.05 €), e dividirmos por dois, cada um recebe mensalmente 2 042,935 euros (muito superior até ao que vem publicado) mas, enquanto o primeiro pode ter carro, casa própria, casa de praia, casa de campo e férias além fronteiras, o segundo quando muito pode pagar um “T-0” num qualquer Bairro Social, nos arrabaldes da cidade e nas férias vai 2 ou 3 dias à Caparica ou a Carcavelos.

Acresce referir que na carreira administrativa, carreira intermédia em termos hierárquicos, o vencimento médio mensal (contas feitas da mesma forma valor do primeiro e último escalão a dividir por dois) fica pelos 893,825 €/mês.
De referir ainda que para se chegar ao topo da carreira podem levar-se mais de 30 anos, uma vez que é uma carreira de vertical e os concursos de acesso não são assim tão frequentes.

Quanto à média dos salários do sector privado que se estimam, segundo o mesmo jornal em 819 euros, põe-se a questão: Será que foram contabilizados para a estatística os ordenados dos gestores de empresas?
Ou como não descontam para a segurança social por poderem pagar seguros de reforma privados, nem se sabe quanto auferem?

É assim que engenhosa e enganadoramente, os meios de comunicação social contribuem para uma cada vez mais ignorância da realidade em Portugal e acirram a generalidade dos portugueses contra os funcionários da Administração Pública, sem lhes explicar que estes são os "ratos de laboratório" na aplicação de Leis (cada vez mais repressivas) que mais dia menos dia serão aplicadas à generalidade dos trabalhadores.
Aí depois é tarde para gritar: Aqui del-Rei quem nos acode!
Vale a este jornal pelo menos hoje a possibilidade de compra de um livro ao preço de 1,90 €. Hoje, pois a partir do próximo número serão a 9.95€.

78 - Voltando ao des/Acordo Ortográfico












Nunca pensei vir a estar de acordo em alguma coisa com a ex-Ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima.
Bom também não sei se não é Isabel Pires de Lima que está de acordo comigo e, com outros tantos milhões de Portugueses, que estão contra esta aberração da forma de escrita portuguesa que se chama "novo acordo ortográfico".
Esta manhã, num programa de televisão, ouvi a ex-Ministra e agora Deputada, afirmar-se contra este acordo ortográfico que nos querem impingir.
Concordo e subscrevo integralmente as suas palavras que foram mais ou menos estas:
A expansão da lingua Portuguesa não se faz pela ortografia mas pelo seu conteúdo.
Sim senhora, estou completamente de acordo.

76 - Serpa, minha terra

O meu muito obrigada e um grande abraço à minha amiga Xica pelos versos que me ofereceu, bem hajas.

Ainda não cheguei
Já te estou a ver
Que coisa mais linda
Podem vocês crer

Serpa, Vila Branca
Quem te fez assim
Toda enfeitada
De encanto sem fim

De encanto sem fim
De encanto sem par
Serpa, Vila Branca
És noiva no altar

Eu vi-te crescer
Eras princezinha
Agora que és moça
És uma rainha

75 - Eu gosto de animais

Resolvi roubar o titulo do post do meu amigo Shark: Eu gosto de animais. Assim apresento o - Bob I - sim porque depois dele houve o II e o III mas este foi o meu cão preferido, o meu companheiro de brincadeiras e o meu burro de carga. Sim ao olhar-se esta foto não se percebe muito bem o tamanho que ele tinha, especialmente em relação ao tamanho que eu tinha com os meus 8 anos. Boas recordações.