480 - Festas da cidade - Serpa 2011

Vida Rural

O carro canudo uso em especial para grandes distâncias
O Sobreiro embora não seja muito a arvore mais existente nos campos de Serpa a verdade é que as há e em abundância nas Freguesias rurais do Concelho.
A casca desta árvore a cortiça, extraída mais ou menos de nove em nove anos, é muito procurada presentemente é utilizada tanto para a construção, decoração, como para objectos de utilização diária como carteiras e sapatos, não esquecendo as rolhas que os bons vinhos não dispensam
Grupo Coral de A-do-Pinto, uma das sete Freguesias do Concelho de Serpa

Monte Alentejano. Claro não há Monte Alentejano que não tenha nas trazeiras da casa o seu galinheiro. Do lugar onde estava só consegui fotografar mesmo as trazeiras do monte e as suas galinhas.

Transporte da água. Embora a vila tenha tido no inicio do seculo passado uma rede de "Marcos de água" Chafarizes municipais de abastecimento às populações como ainda se podem ver na Rua dos Arcos; e nos Largos de Salvador; Portas de Beja e do Corro, havia também quem fizesse da venda da agua o seu negócio. Era assim transportada água do Poço Bom construido em 1625; ou da fonte Ferreira tida como a mais fresca água destas paragens.

Não sei quem é nem o que faz mas há pessoas assim que se metam a meio de um cortejo apenas para tirar fotografias e obstruir a que outros possam fotografar estes acontecimentos. A Horta. Tempos houve em que nas redondesas de Serpa havia uma grande actividade horticula, cujos produtos eram depois comercializados no Mercado Municipal. Não se falava em cultura biológica mas na verdade era essa cultura que era desenvolvida. A quimica só chegaria em meados dos anos 60 do século passado.
Sociedade Filarmónica Popular - Banda Musical Castromarinense
A Apicultura, foi desde há longos anos uma actividade exercida em especial na Serra de Serpa, um mel estremamente delicioso ou não fosse colhido o seu polem nas aromáticas flores existentes na Serra de Serpa
As azenhas ou moinhos de agua são as mais antigas construções de moagem movidas pelas aguas correntes do Guadiana.
Lavadeiras, ainda nos anos 60 e mesmo nos inicios de 70 havia esta profissão. A grande maioria ia lavar às hortas mas no verão era à ribeira, nome que damos ao Guadiana que se iam lavar as roupas de cama de inverno, (mantas e cobertores) Havia quem tivesse pegos e pedras permanentes, lugares que eram só seus, dentro de água.
Grupo Coral "Os Ceifeiros" de Serpa. Como era bonito ouvi-los quando chegavam do trabalho nem o cançasso lhe fazia tremer as vozes.


As ovelhas e a tosquia. Vá lá retirar o casaco que as aqueceu no inverno que o Verão não tarda.
O Pastor o rebanho e o seu companheiro de trabalho e distracção o cão, obediente ao pastor mas que se faz respeitar pelo rebanho.
Um belo rebanho de ovelhas campaniças, uma raça que segundo alguns deve ser protegida pois corre sérios riscos de extinção.
Os roupeiros (fabricantes de queijo) corriam as malhadas recolhendo nas cantaros o leite que iria servir para fabricar o queijo.
Queijo de Serpa pois claro, queijo de entorna, amanteigdo e com um belo sabor a cardo.
O verdadeiro queijo de Serpa não leva coalha quimica a sua coalha é obtida da flor do cardo que depois de colhida se deix secar antes de se triturar e juntar ao leite. Não há queijo mais saboroso e aposto que só quem não sabe apreciar o não elege como o melhor queijo que existe.
Não nego o queijo de cabra é um excelente piteu. principalmente se for duro seco e bem salgadinho.
Tão mimoso apetece fazer uma festinha.Não
não é ao dono, é à cabrinha, chibinho que está ao colo do dono.


Porco preto Alentejano a melhor carne de porco é criado a bolota nos montados de Vila Verde de Ficalho.
Grupo de chacalheiros de Vila Verde de Ficalho. De todos os intervenientes no Cortejo estes compadres eram os que detinham a melhor posição. À frente deles ia o carro da matança do porco com a sua Chaminé de Escuta, bem recheada de enchidos mas e o melhor é que as febras acabadinhas de cortar e assar estavam mesmo ali à mão de semear para quem as quizesse provar. Vai daí estes compadres não se faziam rogar e prevenidos ou não fossem alentejanos alí da raia de Espanha, além dos chocalhos que tocavam batendo com eles nas pernas, carregavam no bolso das calças (sim que eu bem vi) uma garrafinha de plástico mas não tinham agia não. Tinham vinho e do tinto, assim marcavam ao compasso dos chocalhos mas bem perto do carro das febras que iam acompanhando com uns golinhos de tinto. Prevenidos, foram aviados e durante o cortejo não passaram fome não.

A Chaminé de escuta tão caracteristica no Alentejo conta a lenda que nos tempos da inquisição eram estas chaminés de uma grande ajuda aos cristão novos já que como se ouve dentro de casa tudo o que se passa na rua lhes daria tempo de fugir ou de guardar os aparatos religiosos antes que os inquisidores lhes batessem às portas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Mas a pessoa "que não conhece nem sabe o que faz" é funcionária da Câmara e estava em trabalho a cobrir o cortejo. Às vezes é melhor não se falar do que não se sabe.

Vera