90 - Vozes de Maio



SONETO DO TRABALHO

Das prensas dos martelos das bigornas
das foices dos arados das charruas
das alfaias dos cascos e dar dornas
é que nasce a canção que anda nas ruas.

Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas
à força do teu braço é que transformas
as fábricas e as terras que são tuas.

Abre os olhos e vê. Sê vigilante
a reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.

Levanta-te meu Povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol ar
depois quando o povo acorda é sempre cedo.

(José Carlos Ary dos Santos)

4 comentários:

Maria disse...

Por este ano está feito. Foram muitos, muitos mil na rua.
Preparemo-nos para as próximas lutas....

Um beijo

Susete Evaristo disse...

Obrigada Mariapelo beijo e sim, está feita a festa continua é a luta e que esta festa nos sirva de incentivo para o resto do ano pois avizinha-se infelizmente a necessidade de mais jornadas de luta.

Susete Evaristo disse...

Desculpa, cliquei antes do tempo quero enviar-te também um abraço e um grande beijo.
E vê a reportagem televisiva que vou publicar a seguir.

XICA disse...

UM outro poema lindo.