Eu, sem tirar nem pôr !
487 - Festas da Cidade - Serpa 2011
Para quê mais palavras?
O primeiro carro alegórico transporta um dos ex-libris da Cidade que melhor se verá na próxima fotografia
Aí está o torreão que desde 1707 se encontra, às portas do Castelo Velho, última destruição causada pelas tropas do Espanhol Duque de Ossuna, ao ser forçado a abandonar a Praça de Armas da cidade, que assaltou e ocupou durante a Guerra da Sucessão de Espanha, na qual Portugal esteve envolvido assim como outros países
Repare-se no pormenor deste quadro: O Duque de Ossuna faz-se acompanhar de um soldado que por sua vez puxa um canhão.
O Abade Correia da Serra de seu nome completoJosé Francisco Correia da Serra, nasceu numa casa da Rua dos Fidalgos, mesmo à entrada da Praça da Republica. A sua vida marcada pela Inquisição já que seu pai era de origem judaica, levou-o por essa Europa e a estudar em Nápoles e Roma onde além de frequentar o ensino tomou ordens de presbitero e disse a sua primeira Missa.
Homem da cultura a sua grande paixão, foi a botânica na qual se tornou mestre universalmente respeitado. Mais tarde funda com o Duque de Lafões a Academia das Ciências de Lisboa para a qual redigiu os Estatutos. Ali exerceu primeiro as funções de vice-Secretário e depois as de Secretário. Mais tarde pertenceu à Real Sociedade de Londres depois para Paris sendo nomeado correspondente do Instituto de França dali viajou para os Estados unidos da América exercendo as funções de professor de Botânica na Universidade de Filadelfia. Regressa a Portugal e à Academia das Ciencias de Lisboa onde é novamente nemeado Secretário. Morre de diabetes em 11 de Setembro de 1823.
Damas do sec. XVIII.
No dia 8 de Junho de do ano de 1819 nasce na Rua da Capelinha, Luis de Almeida e Albuquerque. Licenciado em Leis aos 24 anos foi nomeado lente em Economia Politica, tendo regido durante 62 anos; Escreveu em vários jornais. Agraciado com o grau de Comendatore dell Ordine dei Santi Maurizio e Lazzaro, pelo Rei Victor Manuel II de Itália.
António Carlos Calixto, Subdelegado do procurador régio
Fundou a «Associação Serpense de Socorros Mutuos» o «Gremio Artístico Progressista» e o jornal «Estrela Artística» escreveu prosas e poemas e um livro para o ensino primário.
Geração de 70 «Vencidos da Vida» é o nome porque ficou conhecido formado por personalidades do mundo da cultura, nas últimas décadas do sec. XIX.O Grupo incluia, além de Francisco Manuel de Melo Breyner (3º Conde de Ficalho) Ramalho Ortigão, Oliveira Martins, Ribeiro da Costa, Guerra Junqueiro, Luis de Soveral, Lima Mayer, Lobo de Ávila, e António de Melo Silva Cesar. (9º Conde de Sabogosa) a que se juntou mais tarde em 1889 o escritar Eça de Queiróz.
Banda Fiármónica União Musical Amarelejense.
485 - Festas da Cidade - Serpa 2011
484 - Festas da Cidade - Serpa 2011
483 - Festas da Cidade - Serpa 2011
Um dos exLibris da cidade é o seu Aqueduto constituido por dezanove arcos de volta redonda, que abastecia de agua o Palácio dos Melos ou Marqueses de Ficalho.
A nora de abastecimento
de água ao Palácio situa-se no extemo sul da arcada.
Pias a Bombar
grupo muito harmoniosa ecom um visual simpático e juvenil.
A Sudoeste da cidade à beira da Estrada que vai para a Fonte Nova, situa-se a branca Ermida sob a evocação de S. Pedro, contrução provável do sác. XVI.
No alto de um dos cerros que dominam a cidade denominado de alto de S. Gens, ou simplesmente Altinho, situa-se a Ermida que serve de domicilio às imagens não só a S. Gens como a S. Luis e da Senhora de Guadalupe Padroeira da Cidade e a Santa de maior devoção dos Serpenses. O culto a Senhora de Guadalupe crê-se ser a mais antiga devoção cristã de Serpa. A Ermida de poucos metros de área é iluminada apenas pela luz que lhe entra pela porta e pelas velas, tem na parede da Sacristia um ex-voto sobre a lenda da Maria Troncomita que sendo já mulher de 50 anos (uma velha para a época) lhe viu crecer o leite com que amamentou o neto orfão de mãe com poucos dias de nascido.
Capela do Calvário das Pedras Negras, é uma capela circular, situada na Rua do Calvário, não se conhece a data da sua construção, sendo no entanto muito anterior às casas que a rodeiam. Aqui se guardam as imagens que representam o calvário e a morte de Cristo.
Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Albufeira.
482 - Festas da cidade - Serpa 2011
O Ferreiro outra profissão que aos poucos se vai extinguindo.
Desde tempos imemoriais que o barro é utilizado para a fabricação de utencilios domésticos. Nas terras de barro do Alentejo também assim é. O oficio de Oleiro
era um dos mais importantes e desde as infusinhas, que lembro custavam 5 tostões até aos grandes alguidares de amassar era toda uma panóplia de utensilios de barro que se usavam tanto nas casas dos mais pobres como nas dos que tinham posses para compar loiça melhor. Haverá coisa melhor que beber por um copo de agua fresca contida numa bela infusa, ou um gole de vinho por uma caneca de barro?
O barbeiro, profissão que ainda existe embora a maioria das barbearias tenha dado lugar aos cabeleireiros de homens A Costureia e o Alfaiate, duas profissões que me dizem muito já que descendo de uma geração de costureiras de fato de homem. Também eu viria a aprender a costura mas optei pelos vestido por serem mais bonitos com cortes diferentes por isso muito mais variáveis.
Ora aqui está uma ingrata profissão. Se por um lados todos esperavam a sua visita para afiar tesouras e facas, bastava que se ouvisse o toque da sua flauta, para se murmurar entre dentes "já lá vem o mau tempo" dizia-se que estes homens só apareciam quando chagava o mau tempo.
481 - Festas da cidade - Serpa 2011
As santas cruzes de que eu me lembro não eram bem assim. Do que me lembro era uma crua dentro de um circulo que se pendurava na parede da rua junto à porta da casa onde se formava um bailarico, no meu tempo já com gira discos mas contava-me a minha mãe que nos seus tempos de juventude se dançava ao som das canções que os própris cantavam, muitas vezes ao despique.
Jordões esta palavra confesso que não é ou não era no "meu tempo" muito usada em Serpa. Na Freguesia de Pias sim, realizavam-se as Festas dos Jordões, por promessas feitas, familias tentavam recriar em suas casas o rio Jordão, em homeagem ao S. João.
Os Mastros populares, erguidos em algumas das praças da cidade por alturas ali se juntava a juventude em alegres bailaricos desde o dia de Santo António ao dia de S. João. Falta aqui os altares que muitas pessoas armavam ao pé das suas portas.
480 - Festas da cidade - Serpa 2011
O carro canudo uso em especial para grandes distâncias
O Sobreiro embora não seja muito a arvore mais existente nos campos de Serpa a verdade é que as há e em abundância nas Freguesias rurais do Concelho.
A casca desta árvore a cortiça, extraída mais ou menos de nove em nove anos, é muito procurada presentemente é utilizada tanto para a construção, decoração, como para objectos de utilização diária como carteiras e sapatos, não esquecendo as rolhas que os bons vinhos não dispensam
Grupo Coral de A-do-Pinto, uma das sete Freguesias do Concelho de Serpa
Monte Alentejano. Claro não há Monte Alentejano que não tenha nas trazeiras da casa o seu galinheiro. Do lugar onde estava só consegui fotografar mesmo as trazeiras do monte e as suas galinhas.
Transporte da água. Embora a vila tenha tido no inicio do seculo passado uma rede de "Marcos de água" Chafarizes municipais de abastecimento às populações como ainda se podem ver na Rua dos Arcos; e nos Largos de Salvador; Portas de Beja e do Corro, havia também quem fizesse da venda da agua o seu negócio. Era assim transportada água do Poço Bom construido em 1625; ou da fonte Ferreira tida como a mais fresca água destas paragens.
Não sei quem é nem o que faz mas há pessoas assim que se metam a meio de um cortejo apenas para tirar fotografias e obstruir a que outros possam fotografar estes acontecimentos. A Horta. Tempos houve em que nas redondesas de Serpa havia uma grande actividade horticula, cujos produtos eram depois comercializados no Mercado Municipal. Não se falava em cultura biológica mas na verdade era essa cultura que era desenvolvida. A quimica só chegaria em meados dos anos 60 do século passado.
Sociedade Filarmónica Popular - Banda Musical Castromarinense
A Apicultura, foi desde há longos anos uma actividade exercida em especial na Serra de Serpa, um mel estremamente delicioso ou não fosse colhido o seu polem nas aromáticas flores existentes na Serra de Serpa
As azenhas ou moinhos de agua são as mais antigas construções de moagem movidas pelas aguas correntes do Guadiana.
Lavadeiras, ainda nos anos 60 e mesmo nos inicios de 70 havia esta profissão. A grande maioria ia lavar às hortas mas no verão era à ribeira, nome que damos ao Guadiana que se iam lavar as roupas de cama de inverno, (mantas e cobertores) Havia quem tivesse pegos e pedras permanentes, lugares que eram só seus, dentro de água.
Grupo Coral "Os Ceifeiros" de Serpa. Como era bonito ouvi-los quando chegavam do trabalho nem o cançasso lhe fazia tremer as vozes.
As ovelhas e a tosquia. Vá lá retirar o casaco que as aqueceu no inverno que o Verão não tarda.
O Pastor o rebanho e o seu companheiro de trabalho e distracção o cão, obediente ao pastor mas que se faz respeitar pelo rebanho.
Um belo rebanho de ovelhas campaniças, uma raça que segundo alguns deve ser protegida pois corre sérios riscos de extinção.
Os roupeiros (fabricantes de queijo) corriam as malhadas recolhendo nas cantaros o leite que iria servir para fabricar o queijo.
Queijo de Serpa pois claro, queijo de entorna, amanteigdo e com um belo sabor a cardo.
O verdadeiro queijo de Serpa não leva coalha quimica a sua coalha é obtida da flor do cardo que depois de colhida se deix secar antes de se triturar e juntar ao leite. Não há queijo mais saboroso e aposto que só quem não sabe apreciar o não elege como o melhor queijo que existe.
Não nego o queijo de cabra é um excelente piteu. principalmente se for duro seco e bem salgadinho.
Tão mimoso apetece fazer uma festinha.Não
não é ao dono, é à cabrinha, chibinho que está ao colo do dono.
Grupo de chacalheiros de Vila Verde de Ficalho. De todos os intervenientes no Cortejo estes compadres eram os que detinham a melhor posição. À frente deles ia o carro da matança do porco com a sua Chaminé de Escuta, bem recheada de enchidos mas e o melhor é que as febras acabadinhas de cortar e assar estavam mesmo ali à mão de semear para quem as quizesse provar. Vai daí estes compadres não se faziam rogar e prevenidos ou não fossem alentejanos alí da raia de Espanha, além dos chocalhos que tocavam batendo com eles nas pernas, carregavam no bolso das calças (sim que eu bem vi) uma garrafinha de plástico mas não tinham agia não. Tinham vinho e do tinto, assim marcavam ao compasso dos chocalhos mas bem perto do carro das febras que iam acompanhando com uns golinhos de tinto. Prevenidos, foram aviados e durante o cortejo não passaram fome não.