407 - Cinema "O Lobisomem"

Gosto de filmes em que o terror e o medo, sejam a principal atracção.
Gosto de filmes de vampiros e de lobisomens, tal como gosto de filmes de dinonsaurios e animais lendários.
Gosto de filmes de arrepiar e por isso hoje dispus-me a ir ver “O Lobisomem” com direcção de Joe Johnston.
O filme em exibição em várias salas de cinema, dos arredores de Lisboa, tem como actores principais, Benicio del Toro, Anthony Hopkins, Emily Blunt, todos actores premiados.
O palacete em que decorre a acção é uma daquelas velhas casas vitorianas, que sempre se imaginam propricias a histórias tenebrosas.
Porém, a história parece ter sido escrita por um qualquer pseudoescritoramador, os efeitos especiais de tão fraquitos nem merecem ser referenciados, não obstante a sempre incrível mutação do homem em monstro.
Há aliás um momento especial, em que a sala, (em vez daquele silencio que cenas mais aterrorizadoras sempre impõem), se encheu de gargalhadas dos espectadores, não obstante ser uma cena que o realizador talvez imaginasse a transmitir medo e pânico “…um grupo de homens vão tentar matar o lobisomem e preparam uma armadilha – um buraco no chão tapado com ramos de árvores e folhas – pois não é que em vez de ser o lobisomem a cair na armadilha são os “caçadores” que um a um escorrega lá para dentro?
Não sendo o melhor filme que vi sobre esta figura lendária, nem de perto nem de longe se pode fazer comparação entre, este “Lobisomen” e o “O Lobo” interpretado por Jack Nicholson.
Valeu a companhia, o jantar e a oferta do bilhete !!!

406 - Cultura ou Ecologia?

Segundo o site da Organização do movimento de alerta para as alterações climáticas, que organiza a Hora do Planeta, a mesma deverá ter lugar no próximo dia 27 de Março, entre as 20,30 horas e as 21,30h.
Já no site da Câmara Municipal de Lisboa, a Hora do Planeta está agendada, (certamente por lapso), para dia seguinte ou seja, para o dia 28 de Março.
Ora o que acontece é que também no dia 27 de Março se comemora o dia Mundial do Teatro, sendo que sem luzes, mesmo que apenas por uma hora, como poderá ser comemorado este dia tão importante para a Cultura Mundial.
É certo que o ano tem apenas 365/366 dias e que os dias Mundiais disto, daquilo e do outro são mais que muitos, de tal forma que os dias do ano não chegam e haverá dias em que forçosamente dois eventos se comemorem simultaneamente.
Porém, estas duas comemorações são quase antagónicas. Por qual optar? Não sei, o que sei é que sem cultura dificilmente haverá o despertar da responsabilidade que nos cabe para com a ecologia.
Não sei quem pensa estas coisas só posso constatar que como o bom povo português diz, são opções ou decisões tomadas em cima do joelho, ou não será?!
Deixo aqui o mote que poderá servir para uma reflexão.

403 - 31 de Janeiro de 1891

Primeira Bandeira Republicana
(Esta foi a Bandeira icada no dia 31 de Janeiro no edifício da Camara Municipal do Porto. Pertencia ao Centro democrático Federal 15 de Novembro do Partido Republicano)
31 de Janeiro a par de outras datas importantes da História de Portugal, tem passado quase em branco.
Tudo começou no dia 11 de Janeiro, quando do ultimato britânico de 1890, exigindo a Portugal a retirada das forças militares do território compreendido entre as colónias de Moçambique e Angola, que Portugal tinha reclamado na Conferência de Berlim e que veio a ficar conhecido como "Mapa Cor-de-Rosa".
Baseava-se aquele ultimato, num incidente registado entre os portugueses e uma tribo do alto Zambeze.
Portugal, na pessoa de D. Carlos, estava pronto a ceder, não era essa porém a visão dos Republicanos que viram essa cedência como uma humilhação nacional e acusaram o governo e o rei como responsáveis.
No dia 31 de Janeiro de 1891, saem do Quartel sito no Porto o Batalhão de Caçadores, a que se juntam o Regimento de Infantaria 10 e uma Companhia da Guarda Fiscal, dirigem-se ao Campo de Santo Ovidio, hoje com o nome de Praça da Republica, descem depois a Rua do Almada, e concentram-se frente ao antigo edifício da Câmara Municipal do Porto, onde Alves da Veiga proclama a Implantação da Republica.
No mastro do frontão do edifício é hasteada uma bandeira verde e vermelha, não a que hoje simboliza a Republica, a bandeira que então se usou pertencia a um grupo designado por Centro Democrático Federal 15 de Novembro, do Partido Republicano. O povo logo aderiu saindo à rua no apoio aqueles militares que seguem para a Praça da Batalha, no intuito de tomar de assalto a estação dos Correios e Telégrafos.
No entanto um forte destacamento da Guarda Municipal, posicionada na escadaria da igreja de Santo Ildefonso, viria pôr termo a esta revolta soltando uma cerrada descarga de fuzilaria. Morreram neste tiroteio 12 pessoas entre militares e civis, 40 terão ficado gravemente feridos.
Na sequência destes acontecimentos, foram presos e julgados além de civis 505 militares dos quais, 250 terão sido condenados a degredo em África.
Depois de efectivamente implantada e roclamada a Republica em 5 de Outubro de 1910, foi a Rua de Santo António rebaptizada de Rua 31 de Janeiro, data em que se comemora a primeiras das três revoltas que se seguiriam até 1910.
Nota: A bandeira utilizada nestes acontecimentos ´faz hoje parte do património do Museu Soares dos Reis