Existiam em Serpa duas importantes adegas, onde se fabricava a chamada "bebida dos deuses" que se extrai do fruto da videira. Uma ainda existe embora desconheça se ainda se pisa a uva como antigamente. Conhecida como a adega do Molha o Bico, fica ao cimo da Rua Quente, a outra, há muitos anos que não existe, situava-se ao cima da Rua de Nossa Senhora, esquina com a Rua das Portas de Beja, era a adega e taberna do Janeiro.
As tabernas perderam aquele cheiro caracteristico que nos chegava ao nariz quando por perto se pasava, aliás tabernas já não existem, hoje deram lugar ao café, não é que não de beba vinho mas o taberna tem hoje um sinónimo desprestigiante daí a mudança do nome.
Depois da lide nos campos e enquanto as mulheres tratavam dos filhos, da casa e da ceia os homens iam até à taberna. Era lá que sabiam das novidades da terra e de outras terras se acaso algum forasteiro alí chegava. Não poucas vezes, era também o lugar do cante, bastava alguem começar uma moda e logo outras vozes se lhe juntavam. Quem passava na rua parava para ouvir.
O Cante, essa peculiar forma de cantar com identidade própria e de caracteristicas especificas, mergulha no sistema musical medievo O homens cantam em grupos a tres vozes: o ponto, o alto e segundas vozes, com funções diferentes.Há aliás quem defenda (Padre António Marvão) que o cante Alentejano se organizou exactamente em Serpa, pelos Frades Paulistas por alturas do séc. XV.
A saudade, a tristeza e muito especialmente o amor, são os temas base do cante Alentejano. É quase uma oração que se escuta em silencio se não se sabe cantar.
As tabernas perderam aquele cheiro caracteristico que nos chegava ao nariz quando por perto se pasava, aliás tabernas já não existem, hoje deram lugar ao café, não é que não de beba vinho mas o taberna tem hoje um sinónimo desprestigiante daí a mudança do nome.
Depois da lide nos campos e enquanto as mulheres tratavam dos filhos, da casa e da ceia os homens iam até à taberna. Era lá que sabiam das novidades da terra e de outras terras se acaso algum forasteiro alí chegava. Não poucas vezes, era também o lugar do cante, bastava alguem começar uma moda e logo outras vozes se lhe juntavam. Quem passava na rua parava para ouvir.
O Cante, essa peculiar forma de cantar com identidade própria e de caracteristicas especificas, mergulha no sistema musical medievo O homens cantam em grupos a tres vozes: o ponto, o alto e segundas vozes, com funções diferentes.Há aliás quem defenda (Padre António Marvão) que o cante Alentejano se organizou exactamente em Serpa, pelos Frades Paulistas por alturas do séc. XV.
A saudade, a tristeza e muito especialmente o amor, são os temas base do cante Alentejano. É quase uma oração que se escuta em silencio se não se sabe cantar.
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