141 - Francisco Miguel Duarte

O poema que abaixo transcrevo "Não cultives a fraqueza" é da autoria de um homem que o sem saber e sem me conhecer, moldou a minha forma de sentir e de pensar.
Foi ele Francisco Miguel Duarte, de quem o meu avô me contava, como se de histórias se tratassem, as suas lutas e batalhas no tempo da ditadura. Para mim criança de 8/10 anos ele era o meu herói o meu hercules.
Quando o conheci de compleição pequena, foi para mim a prova de que a grandeza e força interior do ser humano nada ter a ver com a sua figura.
Dele diz J. Casanova, as palavras que confirmam esta minha admiração:
"uma vida heróica de revolucionário; a vida de um homem possuidor de uma coragem sem limites; a vida de um homem que fez do ideal comunista uma forma de relacionamento humano e um poderoso instrumento de luta; a vida de um homem que fez da sua adesão ao Partido uma opção de vida» uma «fraterna e solidária postura» uma «sensibilidade humana e artística» revelada pelos seus poemas «feitos de uma imensa ternura e de um imenso amor à vida e às pessoas».

7 comentários:

Maria disse...

Obrigada por teres trazido aqui o Francisco Miguel.

Beijo

Mar disse...

Os homens que têm um ideal (como o comunista) são possuidores dessa imensa força. Muito bonito o teu post, susete.


(e a brincadeira ali ao lado ficou mesmo bem!)

Susete Evaristo disse...

Há uma história que o meu avô me contava e que não figura na sua biografia que é a seguinte: Quando uma das vezes foi preso ainda em Serpa foi presente ao Tribunal, o Juiz ter-lhe-á perguntado se ele era membro Comunista ao que ele terá respondido que não, que era dirigente Comunista.
Para mim só um homem muito "grande" do tamanho da sua convicção poderia enfrentar o Tribunal dessa maneira.
A minha familia conheceu bem a familia do Chico Miguel.

XICA disse...

Tão junta lá mais uma, que por isso mesmo é desde pequenina uma acérrima fã, por todos os motivos e mais alguns.
Menina Susete vomecê maila sua amiga mar, têm o condão de me deixar nos píncaros, têm bonecos, q´eu nã consigo prantar na minha barreca, mazéu sô conterrânea dum granda homem e vomecês nã são! Desta vez ganhi!

Susete Evaristo disse...

Empataste.
Esqueces que embora nascido em Baleizão desde cedo (13 anos) rumou a Serpa e foi aí que despertou para a luta, também foi em Serpa que se pôs ao serviço do povo. Foi em Serpa o seu primeiro discurso politico.
Mas o mais importante foi ter sido quem foi.

XICA disse...

Tás-me enervando! Tens que ter sempre resposta na ponta da lingua, mode queim?
Aquela conversa é descurso dos livros, preguntastes ao senhor? Um dia vôte mostrar uma côsa canda aqui por casa.

Susete Evaristo disse...

Não claro que não perguntei. Até porque quando o conheci exactamente numa feira do livro de Lisboa, já não me lembro em que ano, nem falei com ele. Só que a minha familia do lado da minha mãe conhecia bem toda a familia, do Xico Miguel, a minha avó era costureira e trabalhava para as pessoas que viviam nos montes das redondezas. Daí que me contassem algumas coisas, passadas com pessoas de Baleizão e de Pias, povoações mais conotadas com os comunistas. E quando diziam isto baixavam de tal forma a voz que quase nem eram audiveis. O meu avô Republicano convicto, como ele dizia é que me falava mais abertamente nos episódios que tiveram lugar após a implantação da republica, e no tempo das guerras tanto as mundiais como a de Espanha.